O QUE APRENDI COM AS PALESTRAS ABERTAS DO
3º GLÚTEN FREE E 1º ZERO LACTOSE DE SÃO PAULO
Bem, se vocês estão seguindo a
minha matéria sobre o 3º GLUTEN FREE E 1º ZERO LACTOSE DE SÃO PAULO, neste ano
de 2012, eu não preciso nem mencionar o quão super qualificados eram os
palestrantes. Mas, se você não leu a matéria anterior e ficou interessado em
saber quem eram os profissionais que deram um verdadeiro show, ou melhor, uma
imensa chuva de conhecimento para os celíacos, suas famílias e seus cuidadores,
acesse http://glutenfreebrasil.com/ e
selecione PALESTRANTES.
Agora, vamos ao que interessa! Bem,
como todos já sabem, a doença celíaca, ou “DC” para os íntimos, apareceu em
minha no final do ano passado (2011).
Para uma criatura metida à
gourmet como eu, claro, foi o caos. Eu quase que pirei. Entretanto, como
informação é poder, eu logo tratei de entender o que era e como lidar com a
doença.
Em minha caminhada em busca de
conhecimento, acabei conhecendo a ACELBRA – Associação dos Cleíacos do Brasil,
que tem cartilhas ótimas com informações valiosíssimas e que me fez ficar
interessada em participar do GLUTEN FREE. E claro, também acabei conhecendo uma
criatura muito fofa, mas totalmente sem glúten (a Josi!), cujo blog com
receitas e informações livres de glúten agraciou-me com uma credencial VIP para
participar do evento.
Como a programação de palestras
abertas contou com cinco profissionais, eu vou fazer um resumo geral, me atendo
ao conteúdo que absorvi sobre os temas ministrados pelos três primeiros
palestrantes, para que vocês possam perceber o quanto este evento é importante
e necessário.
Começamos com a Dra Lucyanna
Kalluf, cujo tema foi “Tratamentos alternativos para intolerâncias e alergias
alimentares”. Com esta palestra eu aprendi que realmente somos um reflexo
daquilo que comemos. Ao olhar um par de silhuetas preenchidas com alimentos,
pude entender por que. Havia uma silhueta preenchida com uma profusão alimentos
sadios (frutas, legumes, verduras, grãos, produtos frescos, etc) e uma outra
preenchida com uma profusão de alimentos industrializados e vazios daquilo que
mais necessitamos (vitaminas, sais minerais, fibras, oligo elementos). O que se percebia? Uma silhueta magra e outra
silhueta gorda/inchada.
A
silhueta gorda e inchada é o prenúncio dos problemas de saúde que vamos desenvolver
ao longo de nossa vida e, principalmente, ao final dela. Justo hoje, quando se
fala tanto em qualidade de vida, com olho no presente e no futuro (com relação
a futuro, subentenda-se velhice), precisamos ser mais seletivos quanto a nossa
alimentação. O ser humano está vivendo mais e, assim, é preciso garantir saúde
para os dias da velhice que certamente trazem limitações com o avançar da idade.
A
intolerância ou alergia a certos alimentos tem sua “cura” com a remoção do
mesmo. Há quem aplique o princípio da vacina, administrando doses bem diluídas
ao longo de um tempo para que, a pessoa, geralmente crianças, adquiram
resistência para não mais manifestar as reações adversas ou alérgicas ao
alimento em questão. Minha mãe fez isso comigo com relação ao leite.
Mas,
como já sabemos, não convém contrariar a natureza pois, fatalmente, no futuro
as complicações advindas da insistência em consumir algo não desejado pelo
organismo e seu sistema imunológico trará suas consequências. Afinal, os
instrumentos fisiopatológicos responsáveis pelas doenças estão presentes em nós
anos antes das doenças se instalarem. Ou seja, estamos constatando a realidade
do horizonte clínico.
Entendam,
não é porque temos predisposição genética para manifestarmos certas doenças ao
longo da vida que necessariamente iremos desenvolvê-las.
A
predisposição genética é tal qual o gatilho de um revólver, que pode ou não ser
disparado. Qual a sua escolha? Puxar o seu próprio gatilho ou tomar medidas
preventivas de modo que ele não seja disparado?
É
preciso saber que, dentro da equação para uma vida saudável e duradoura, apesar
dos 25% da responsabilidade repousar sobre a nossa biologia, 75% dessa equação
depende do nosso estilo de vida.
Aí você
me pergunta: Como assim, nosso estilo de vida?
E eu te
respondo: Sim! A implementação de hábitos como alimentação saudável (balanceada
e sem glúten, sem lactose e sem caseína) e como a prática de exercícios físicos
com regularidade, em nossa rotina diária, tem forte impacto dentro dessa
equação.
Apesar
das alergias e intolerâncias alimentares se manifestarem nos primeiros anos de
vida, nada impede que elas se manifestem em idade tardia, como ocorre com
algumas pessoas que se descobrem repentinamente celíacas.
Então é
preciso saber que para as crianças 90% das alergias alimentares se dão
por conta de leite, ovo,
amendoim, soja e trigo. Enquanto que para os adolescentes e adultos as alergias se dão por conta de mariscos,
peixes, nozes e amendoim.
Outra
coisa que precisamos fazer é adotar o uso de produtos orgânicos, de origem
vegetal e animal, livres de pesticidas, hormônios e antibióticos.
Conforme
muito bem dito pelo biólogo Bruno Zylbergeld, que palestrou sobre “A
importância da saúde intestinal nas intolerâncias e alergias alimentares”, a
gente paga o preço pelas escolhas que faz.
As
pessoas que sofrem de doença celíaca ou de alergias e intolerâncias alimentares
precisam evitar ingerir aquilo que lhes faz mal pois, tudo que diz respeito à
saúde e à imunidade de uma pessoa, seja bom ou ruim, ocorre no trato
gastrointestinal.
É
preciso agir com extrema consciência quando o assunto é alimentação, para
evitar a hiperacidez e as lesões gastrointestinais, com a consequente destruição
das vilosidades do intestino.
Quando
a criança ou o adolescente ou o adulto começa a apresentar com grande freqüência
gases, diarréia, fezes extremamente fétidas, prisão de ventre, e manifestação
de doenças tidas como crônicas (bronquite, rinite, sinusite), está mais do que
na hora de fazer uma investigação para alergias e intolerâncias alimentares que
podem deflagrá-las, que são medidas através dos exames de sangue pelas taxas de
imunoglobulinas (IgE e IgG).
Uma vez
que a alergia ou a intolerância alimentar tenha sido diagnosticada, não existe
meio termo. É preciso retirar os fatores alérgenos da nossa vida. Ou seja, se
você ou seu filho foi diagnosticado com
doença celíaca
ou com intolerância à lactose ou caseína, ou ambos problemas, retire totalmente
o glúten, a lactose e a caseína de sua vida. E não precisa se desesperar, pois
uma vida sem glúten e sem lactose e sem caseína pode ser extremamente
interessante e deliciosa.
A Dra Gisela
Savioli, ao palestrar sobre “Como adequar o seu dia a dia sem glúten e sem
lactose”, foi muito clara quando respondeu a pergunta de um paciente: e agora, o que é que eu vou comer? Simples, comida de verdade! Comida da vovó!
Aí você
se pergunta: comida da vovó? Sim! Frutas, verduras, legumes, frutas,
leguminosas, hortaliças, proteína vegetal. De preferência, tudo orgânico. Sem pesticidas,
sem hormônios e sem antibióticos. É preciso redescobrir o prazer de comer
comida de verdade e, inclusive, de preparar a própria comida. E, acreditem-me,
esse é o caminho mais fácil de fazer a família inteira mudar os hábitos
alimentares. Pelo menos em casa, essa atitude irá fazer com que o paciente não
se sinta socialmente excluído ou impossibilitado de participar de reuniões
sociais que envolvam comida. Afinal, o celíaco não pode comer a comida das
outras pessoas, mas todo mundo pode comer a comida do celíaco, pois trata-se de
uma comida saudável e super saborosa.
E já me
adaptei e estou adaptando o povo lá de casa.
Quando
preciso comparecer a uma reunião social fora de casa e que envolva comida, não
tenho dúvida, faço algumas coisas que gosto de comer e levo minhas marmitinhas
maravilhosas, muito bem servidas. Afinal, sempre tem alguém querendo experimentar.
Bem,
essa foi a solução que encontrei e que tem dado certo em minha vida. E vc? Vai
aderir a uma vida mais saudável e feliz ou vai ficar pagando o preço das dores
de estômago, de barriga, da fibromialgia, da artrite, das crises respiratórias
entre outras enfermidades?
Se eu
fosse você, eu mudava rapidinho!
Um
beijo e até a próxima matéria.
Sílvia
de Souza Araújo
01/07/2012
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